quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ofereces a face esquerda e... tome porrada!

Passei grande parte da minha vida me punindo por certa conduta, aprendi na escola que o certo é revidar quando um amiguinho te faz mal.
Minhas amiguinhas sempre me encorajavam a não deixar barato, ir tomar satisfação, e eu ia! Afinal, não queria ser excluída da mini-panelinha. Ia morrendo se tremendo, diga-se de passagem, no entanto, o medo maior era de ficar taxada como covarde pela galerinha do primário. Chegava cheia de razão e... Travava. Mal conseguia pronunciar as palavras, a voz embargava, os olhos marejavam, e eu ia embora, isso aconteceu por algumas vezes. Droga, não queria ser assim!

Depois de fugir inúmeras vezes pelo portão do fundo e fingir que estava doente pra não ir à escola, aprendi sozinha (minha família nunca foi de conselhos) que se ficasse quieta, e simplesmente saísse elas paravam. Não tem graça você zuar com alguém que não liga.

Durante a minha adolescência não consegui virar as costas todas às vezes. Certas coisas aconteciam e eu precisava revidar. Essa coisa de gritar mais alto com quem gritou com você, humilhar mais ainda quem te humilhou. O curioso é que depois que você faz isso, ainda vem gente encher teu ego dizendo que você fez o certo, que fulano ‘levou bem na cara “...

O chato é que ao voltar pra casa a consciência me matava, foi em um desses momentos de auto análise que percebi que acabava me sentindo mais humilhada, afinal, cultivava a inimizade, era tão mais fácil quando virava
as costas no primário e as pessoas logo me esqueciam.

Aos poucos fui voltando e relevando várias ofensas (e como foi difícil), muita coisa aconteceu nesse meio tempo, peguei fama de “sangue de barata”, de ser uma pessoa boba. E com o tempo, por incrível que pareça já me veio pessoas que elogiaram meu jeito de agir nessas situações.

Fala sério, não se paga o mal com o mal, isso não é ser covarde, ou qualquer outra derivação desse nome, com o tempo aprendi que isso é sabedoria!
Ao estudar a doutrina Espírita tive a oportunidade de aplicar a minha prática a teoria. Segundo a lei Mosaica: “Olho por olho e dente por dente”... Mas Jesus disse: "Não resistais ao que vos fizer mal; mas se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra". Ao orgulhoso essa frase não passa de demonstração de covardia, porque ele não compreende que há mais coragem em suportar um insulto, que em se vingar. E isto, sempre, por aquele motivo que não lhe permite enxergar além do presente.

Não se deve levar ao pé da letra e sair apanhando por aí, oferecendo o rosto pra ser esbofeteado! O que ele quis dizer é que não se paga ofensa com ofensa.

“Nem lembro quantas vezes fui ferida e suportei, hoje, não consigo nem lembrar direito as coisas que passei. Mais a injustiça que cometi se faz presente em minha consciência todos os dias. Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!” Chico Xavier

Eu sei o quanto é difícil, no entanto aceitar com humildade e livrar-se do orgulho eleva sua própria alma. A cada novo amanhecer devemos acreditar na justiça divina, que Deus jamais deixa o mal impune, e nos dá força para suportar os golpes desferidos contra nosso amor-próprio. "Olhai para o futuro; quanto mais vos elevardes, pelo pensamento, acima da vida material, menos sereis feridos pelas coisas da Terra" (Allan Kardec).
E quem diria que parar de colar o chiclete no cabelo da coleguinha me seria tão útil.


Thamires Soares

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Em busca do elo perdido.

Tenho observado o grande número de pessoas reunidas em grupos intitulados - Em busca do amor, Procurando o amor, Procura-se uma namorada, etc... Uma infinidade de derivações do mesmo termo. Eu já fiz parte de alguns deles por algum tempo. Deixe-me adiantar que não tive resultados, não encontrei a companheira ideal, alguém descendo de uma bela Ferrari (sim Ferrari, cavalo é brega!).
Perguntei-me ontem, o porquê tanta gente reunida no mesmo lugar procurando, simplesmente não se acha! Seria matematicamente bem fácil!
A - pessoa procurando.
B - pessoa procurando.
(A+B= Pessoas felizes e agradecendo ao mundo por tal feito!)
Cheguei à conclusão que essas pessoas não se encontram porque ambas estão à procura de princesas e príncipes encantados! Oras, em um relacionamento se entra com qualidades e defeitos (às vezes mais defeitos que qualidades) e aprender a superar isso é o que torna tudo muito mais gostoso. Vivemos a era dos amores volúveis, queremos ser felizes no amor, mas não queremos adquirir o ônus.
Será que já paramos pra pensar se temos a oferecer o que tanto pleiteamos? 
Procuramos sempre aquele ‘sonho de consumo’. Mas não podemos mantê-los.
Procuramos principalmente por beleza. Vemos a foto do perfil, se for agradável ao olhos ótimo, se não pula pro próximo.
E além do mais, olhe o que fazemos! É como uma avaliação. Na maioria das vezes, estamos em um computador selecionando ou excluindo pessoas sem lhes dar a oportunidade de defesa. As relações não podem ter itens ou critérios exatos. A base é o dia-a-dia! Vejamos as histórias de amigos que ‘de repente’ se tornaram pessoas atraentes. A paixão por pessoas que não tinha o seu padrão de beleza ou mesmo não combinava em nada.
Temos que parar com essa mania de Alice no País das Maravilhas, parar de fantasiar pessoas perfeitas pra nós. Temos que cuidar de si, saber se somos também tudo aquilo que procuramos. Ver se não estamos procurando coisas que talvez nem existam. E podemos começar olhando para os nossos próprios defeitos e limitações para poder entender e compreender as deficiências do semelhante.
Thamires Soares

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Esperando dar 09:00hrs pra irmos a aula de campo.
Hoje vamos fazer a primeira avaliação de uma área da Ilha do Arapujá em Altamira. O objetivo é a coleta de solos para análise no laboratório, e com isso desenvolver um artigo científico com os resultados e avaliação química.
E além disso sempre acontece umas loucuras fora do normal. Minha turma não bate bem. Do 1º ao 40º...

Vamos lá Engª, tá na hora...
Fui

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Amigas e cerveja! Descontração na certa.

Saí ontem toda cabisbaixa do Inglês, cansada e com sono. Fui arrastando os pés e a mochila pela orla.
Sem vontade de nada, quem sabe chorar. Levanto a cabeça e encontro no próximo banco a Alinne, toda chateada com a vida . Sentei e conversamos um pouco enquanto esperavamos a Ju pra também chorar as mágoas.
Quando a Ju chegou, fomos a um barzinho da orla e sentamos pra tomar duas cervejas (que se multiplicaram em seis).
E a noite triste e chata se transformou numa agradável conversa. Primeiros minutos chorando as pitangas e depois só gargalhadas e besteiras que agente adora falar. Voltei pra casa por volta das 23:00 hrs pra casa toda feliz e renovada pra encarar os estudos madrugada a fora. Tudo isso sem ter combinado nada! O caso me favoreceu ontem.
"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto".
Francis Bacon

Rascunho.


Gosto de te descobrir, saber quem você é. E até hoje tem sido muito bom vivenciar isso. Adoro o som do teu sorriso. Gosto do sorriso bobo que fica em meu rosto quando falo com você, das gargalhadas que você arranca de mim. Da leveza, da sintonia, das coincidências. Sinto em você uma positividade, uma energia muito boa.
Infelizmente ou felizmente, não tenho controle do futuro. Mais se pudesse, gostaria que você permanecesse em minha vida me fazendo bem, como já faz. E que eu pudesse ter esse poder “transformador” na sua também. Afinal, ando olhando o céu mais azul ultimamente...
Sou grata a Deus por ter me presenteado com você. Por me mostrar que ainda existem pessoas especiais no mundo, por mais raras ou distantes que estejam. Apesar da vontade de estar perto, da saudade... Melhor conviver com isso do que pensar no fato de não tê-la conhecido.
(Escrito há algum tempo atrás, dois ou três meses mais ou menos).

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Aprendendo sobre mim...


Acabei de descobrir que não sei viver com um pouco de amor, um pouco de carinho, um pouco de saudade. Nunca fui de me contentar com pouco. E tentar aceitar isso agora é me matar um pouquinho a cada dia.
Suicídio não!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sequei meu corpo bem rápido. A ducha de água era bem quente, mais ao sair do box já fui invadida com todo o frio. Saí as pressas do banheiro. Caminhei em passos largos pelo corredor, ao entrar em meu quarto olhei a cama, o edredon, o filme esperado pelo play. Vi tudo, menos você.
Aquele era o momento certo, você tinha que estar lá.
Entrei debaixo do edredon, meu corpo tremia de frio esperando pelos seguintes minutos em que estaria estável. Senti meu corpo encostar no travesseiro, fiquei por lá imaginando e mentindo pra mim. Fechei os olhos e imaginei você, seu corpo rente ao meu.
Fiquei minutos ali parada me escondendo.
Mais afinal, me escondia de quê?
Talvez do frio... Sabia que não! Me escondia da solidão, da falta de carinho, da ausência.
Peguei o controle e apertei o play. Definitivamente o filme era mellhor que qualquer análise íntima naquele momento.


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Palco

Cheguei e a vi reluzente estrela-única ao palco.
Eu paz.
Ela tempestade.
Sorri, sentei, cruzei as pernas.
Fingiu que não me viu.
Eu ri.
Fitei-a.
Esquivou-se.
Garçom um whisky por favor.
Eu calmaria.
Ela vulcão.
Eu, silêncio.
Ela melodia.
Senhorita, seu whisky.
Obrigada.
Primeiro gole amargo.
Ela me fita.
Eu paro.
Ela encara.
Eu nua.
Ela pisca.
Eu alma.
Ela disfarça.
Eu insisto.
Ela entrega-se.
Fim da primeira música, vem até mim.
És minha?
Por esta noite sim!
Ela livre.
Eu enrubescida.
Ela paixão de uma noite.
Eu afeto.
Ela paz.
Eu tempestade.