segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Palco

Cheguei e a vi reluzente estrela-única ao palco.
Eu paz.
Ela tempestade.
Sorri, sentei, cruzei as pernas.
Fingiu que não me viu.
Eu ri.
Fitei-a.
Esquivou-se.
Garçom um whisky por favor.
Eu calmaria.
Ela vulcão.
Eu, silêncio.
Ela melodia.
Senhorita, seu whisky.
Obrigada.
Primeiro gole amargo.
Ela me fita.
Eu paro.
Ela encara.
Eu nua.
Ela pisca.
Eu alma.
Ela disfarça.
Eu insisto.
Ela entrega-se.
Fim da primeira música, vem até mim.
És minha?
Por esta noite sim!
Ela livre.
Eu enrubescida.
Ela paixão de uma noite.
Eu afeto.
Ela paz.
Eu tempestade.