Tenho observado o grande número de pessoas reunidas em grupos intitulados - Em busca do amor, Procurando o amor, Procura-se uma namorada, etc... Uma infinidade de derivações do mesmo termo. Eu já fiz parte de alguns deles por algum tempo. Deixe-me adiantar que não tive resultados, não encontrei a companheira ideal, alguém descendo de uma bela Ferrari (sim Ferrari, cavalo é brega!).
Perguntei-me ontem, o porquê tanta gente reunida no mesmo lugar procurando, simplesmente não se acha! Seria matematicamente bem fácil!
A - pessoa procurando.
B - pessoa procurando.
(A+B= Pessoas felizes e agradecendo ao mundo por tal feito!)
Cheguei à conclusão que essas pessoas não se encontram porque ambas estão à procura de princesas e príncipes encantados! Oras, em um relacionamento se entra com qualidades e defeitos (às vezes mais defeitos que qualidades) e aprender a superar isso é o que torna tudo muito mais gostoso. Vivemos a era dos amores volúveis, queremos ser felizes no amor, mas não queremos adquirir o ônus.
Será que já paramos pra pensar se temos a oferecer o que tanto pleiteamos?
Procuramos sempre aquele ‘sonho de consumo’. Mas não podemos mantê-los.
Procuramos principalmente por beleza. Vemos a foto do perfil, se for agradável ao olhos ótimo, se não pula pro próximo.
E além do mais, olhe o que fazemos! É como uma avaliação. Na maioria das vezes, estamos em um computador selecionando ou excluindo pessoas sem lhes dar a oportunidade de defesa. As relações não podem ter itens ou critérios exatos. A base é o dia-a-dia! Vejamos as histórias de amigos que ‘de repente’ se tornaram pessoas atraentes. A paixão por pessoas que não tinha o seu padrão de beleza ou mesmo não combinava em nada.
Temos que parar com essa mania de Alice no País das Maravilhas, parar de fantasiar pessoas perfeitas pra nós. Temos que cuidar de si, saber se somos também tudo aquilo que procuramos. Ver se não estamos procurando coisas que talvez nem existam. E podemos começar olhando para os nossos próprios defeitos e limitações para poder entender e compreender as deficiências do semelhante.
Thamires Soares