Do meu quarto, no colchão eu podia observar a lua. Era cheia, clara, límpida.
Por sua luz intermediaria eu podia visualizar poucas partes do meu corpo. Sim, eu tinha um corpo!
Mas naquele momento eu não sentia nada, estava anestesiada pelas questões da vida, pela noite um tanto sombria. Sentia-me apenas como energia. Embora pouca e quase escassa.
Chorava as dores da alma, buscava você incessantemente.
Onde você está? Em outros braços, chorando suas dores, rasgando sua alma?
Ame, chore, sorria, se quebre, se rasgue... Morra se puder! Uma, duas, três vezes.
Qualquer prova que passares é válida. Desde que me reconheça quando nossos olhos se encontrarem.
É isso que ainda me faz enxugar as lágrimas, dormir e esperar por um novo dia.
Menos um dia até sua chegada.
..."No fundo da alma há solidão
E um frio que suplica um aconchego"...